quinta-feira, 9 de julho de 2015

Novidades 2015

Atualmente, estou sem projetos para novas viagens:
  • A última viagem longa de moto foi exatamente essa feita ao Rio Jequitinhonha (maio 2015);
  • Fiz duas viagens para pescar (Rondônia e Xingú - MT), nenhuma delas de moto, fui de avião;
  • Comprei uma moto nova, Yamaha XTZ 660 Ténéré ABS, depois de quase 6 anos e mais de 97000 KM com minha querida XT 660R 2008;
  • **** UPDATE **** Vendi essa porcaria de Ténéré ABS e troquei por uma BMW F 800GS, usada. Tudo para salvar minha coluna.
  • Devido aos 4 itens anteriores, me descapitalizei geral. Então essa é a explicação de não haver novos projetos de viagens. Mas isso está em meu sangue, não deixarei de fazer (enquanto tiver saúde e dinheiro, ao menos);
  • Livro sobre a viagem à Argentina... nada ainda.

Eis os endereços dos outros blogs:

E vamos caminhando.

Abraço a todos.

Marcio

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Agradecimento

*** ATENÇÃO, ESTA PÁGINA NÃO FOI PUBLICADA NA DATA ORIGINAL***

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Finalmente em casa!

Chegamos em segurança: eu, Aloísio e Eloína.

Depois de treze dias na estrada, conhecendo ou revisitando novos ou velhos lugares, dormindo em camas que não as nossas, comendo pratos diferentes do habitual, conversando com pessoas diferentes, enfrentando todo tipo de situação nas estradas (buracos, trânsito, chuva, poeira e terra), respeitando a individualidade de cada parceiro, procurando proteger uns aos outros.

Acredito que todos nós tenhamos modificado um pouco, seja porque passou a pensar diferente ou consolidou alguma certeza.

De toda forma, o Marcio, Aloísio, Eloína, Galvão ou Vagner que saiu de BH a 13 dias atrás certamente não é o mesmo que chegou ontem (Galvão e Vagner) ou hoje.

Novos aprendizados, novas maneiras de pensar, novas situações e decisões.

Da minha parte foi uma nova experiência rodar em grupo. Antes disso, somente quando fiz parte de um moto clube de Curitiba quando voltávamos dum encontro de moto no Rio Grande do Sul ou viagens em dupla.

Valeu a pena, até o que não aconteceu dentro do previsto.

A graça da coisa está aí: no diferente, na surpresa ou no inesperado.

Cada um, à sua maneira lidou de forma habilidosa com essas situações, seja tendo paciência ou aceitando a decisão da maioria.

E acho que todos do grupo vão concordar comigo, devemos louvar a três pessoas:
  • Vagner, por ser corajoso em ir com uma naked e andar na terra com ela.
  • Eloína, por ser excelente garupa companheira e por ser a única mulher no grupo, mandou muito bem. Ganhou pontos pro Ushuaia.
  • Aloísio, por ser aglutinador, carismático e líder (mesmo que inconsciente). Sem ele talvez essa galera não tivesse sido reunida.
Aqui vai uma menção ao Galvão, que nos fez rir e foi um bom parceiro. Foi uma certa fonte de preocupação com sua saúde, mas ele se saiu bem.

Da minha parte devo pedir desculpas pelas vezes em que fiquei irritado. Não foi por querer, OK?

Agora é recuperar forças, juntar dinheiro e planejar a próxima viagem.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

RESUMOS

Esses cálculos foram baseados no consumo e anotações que sempre faço na minha XT 660R.

DISTÂNCIA PERCORRIDA:
3.320 KM

COMBUSTÍVEL UTILIZADO:
165,74 L, entre gasolina comum e aditivada.

MÉDIA COMBUSTÍVEL UTILIZADO:
18,41 L/DIA (FORAM 8 DIAS EFETIVOS DE VIAGEM)

MAIOR ABASTECIMENTO:
14,68 L - CORINTO

MENOR ABASTECIMENTO:
4,56 L - ARAÇUAÍ

MELHOR MÉDIA DE CONSUMO/KM PERCORRIDOS:
23,92 L / 184,6 KM - ITABIRITO A RIO CASCA

PIOR MÉDIA DE CONSUMO/KM PERCORRIDOS:
18,55 L / 84,7 KM - ITAOBIM A ARAÇUAÍ

MAIOR DISTÂNCIA PERCORRIDA:
722,4 KM - BH A SÃO MATEUS (ES)

MENOR DISTÂNCIA PERCORRIDA:
52,8 KM - SÃO MATEUS A DUNAS DE ITAÚNAS

MAIOR DISTÂNCIA PERCORRIDA (ENTRE ABASTECIMENTOS):
234,1 KM - SENADOR MOURÃO A DIAMANTINA

MENOR DISTÂNCIA PERCORRIDA (ENTRE ABASTECIMENTOS):
41,1 KM - BH A ITABIRITO

COMBUSTÍVEL MAIS CARO:
R$ 3,299 - PORTO SEGURO - BR

COMBUSTÍVEL MAIS BARATO:
R$ 2,929 - BELO HORIZONTE - IPIRANGA

Dia 13 - Areias a Belo Horizonte

Acordamos bem cedo, a roça faz isso com a gente. Fez frio e calor durante a noite.

Tomamos café e depois, eu e Aloísio fomos na represa tentar a sorte com os peixes. Mais tarde, veio o Sr. Júlio para alimentar os jacarés. Isso mesmo, jacarés! Eram três, mas só vi um e a sombra de outro.

Como vieram para ali é o mistério. Pelo menos deu pra fotografar. Já é a segunda vez esse ano que ouço falar de jacarés em pontos bem distantes de um rio ou do Pantanal. Parece estar virando rotina.

Como a sorte estava pros peixes e não pros pescadores, voltamos e ficamos proseando, ouvindo umas modas de viola até o almoço ficar pronto.

Aproveitamos e demos uma geral nas correntes das motos.

Almoço no papinho, pé no caminho!

Arrumamos e pegamos a estrada pela última vez nessa viagem. Paramos em Corinto, abastecemos e picamos as mulas, quer dizer, motos.

Paramos para um café amigo no meio do caminho, com direito a bolo.

Após o Ceasa, paramos e nos despedimos. Quando aconteceu mais uma baixa comigo: a armação do meu óculos quebrou. Caboclo prevenido que sou, tirei o óculos de emergência e seguei em casa em segurança.

Eram 17:20 e depois de 3.320 km, estou em casa.

Em segurança e sem nenhum pedaço faltando!Que vejam as próximas viagens.

Obrigado a todos e que participaram da viagem e aos que acompanharam à distância. Agradecemos a todos que nos acompanharam à distância, a força, os pensamentos positivos, as orações e o carinho que nos enviaram.

Marcio

Maio/2014

Obs.: Ainda tenho mais fotos (e/ou textos) a colocar no blog. Não deixem de visitar com alguma periodicidade e de fazer comentários ou perguntas.


Dois tanga frouxa procurando jacarés
Quem procura acha. Eis o jacaré!




Em casa!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Dia 12 - Diamantina à nascente do Rio Jequitinhonha e Diamantinha a Areias (Santa Bárbara/Augusto de Lima)

Bom dia a todos.

Bem cedo já estava preparado para a saída. Subi com o netbook para o café, junto com o Galvão. O Vagner já estava lá. Digitei o restante do blog de ontem e postei as fotos restantes, pois o sinal do WIFI estava muito fraco no meu quarto. Loló e Elô foram os últimos a tomarem café.

Até esse ponto já estava tudo definido: Galvão e Vagner vão direto para Belo Horizonte e nós vamos à nascente do Rio Jequitinhonha. Uma pena, pois eu achava que concluiríamos até essa parte juntos. Mas cada um tem seus problemas para resolver, então não dá para segurar ninguém.

Como sempre o Vagner foi o primeiro a ter a bagagem e a moto prontas. Preparamos as motos e nos despedimos, agradecendo mutuamente a companhia, a paciência durante todos esses dias.

Acabei guiando todos até a saída de Diamantina, já que o GPS do Loló não ajudava nada mesmo...

Nos encontramos mais uma vez na saída de Diamantina e andamos juntos durante alguns quilometros até eles se distanciarem e sumirem na estrada. Seguimos até Datas e em pouco tempo chegamos à Nascente do Rio Jequitinhonha. Eu queria ir até mais à frente para ver outro ponto onde eu estive à alguns anos atrás e me disseram que era a nascente do rio. Mas desisti e voltamos para o ponto marcado como a nascente.

Descemos, tiramos várias fotos e descemos até o filete de água do rio. Afundei minhas botas nas águas, cumprindo o ritual feito na foz. Só que lá eu coloquei um pouco de água na boca e aqui eu fiquei receoso de fazer isso.

Feito isso, voltamos a Diamantina para abastecer e decidir qual o caminho faríamos. Pergunta daqui e dali, acabamos indo pra Curvelo e Corinto. No início eu não queria, mas acabei concordando.

Presenciamos o terceiro acidente com caminhões numa descida. A estrada aqui é bem parecida com a da Serra do Cipó. Cheia de curvas, muitas bem fechadas.

Chegamos a Curvelo e atravessamos direto para a BR 135 em direção a Corinto. Aloísio tinha que resolver uma pendência bancária e depois rumamos para Augusto de Lima para pegar umas contas. Aí sim, fomos para a fazenda do Seu Júlio. Ficaremos hoje e amanhã retornamos a BH.

AGUARDEM, TENHO OUTRAS FOTOS PARA COLOCAR NO LUGAR DESTAS ABAIXO.





segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dia 11 - Araçuaí a Diamantina

Levantamos cedinho, mais que o costume. Noite mal dormida para quase todos: os pernilongos nos atacaram com força. Eu mesmo fui despertado às 04:30 com a fúria deles em meu braço, mesmo estando coberto com um lençol. Claro que o ar condicionado não funcionava a contento e o ventilador parecia uma enceradeira.

Pelo menos o café compensou. Antes disso eu já tinha tudo pronto: bagagem e roupa de pilotagem. Foi o mais rápido que consegui até agora. 

Estando todos prontos, pegamos informações sobre qual a estrada pegar. Haveria mais um pedido de informação adiante. 

Abastecidas as motos, Vagner decidiu trocar o óleo da Fazer numa revenda Yamaha que eu havia indicado. Por sorte apareceu no posto um funcionário da revenda que nos guiou até a loja.

Encontramos com um cara que nos deu todas as coordenadas do caminho e nos fez desistir da primeira indicação de passar por Francisco Badaró. No final das contas, viemos pelo mesmo caminho que eu havia planejado desde o começo. Exceto pela visita à Minas Novas, que não aconteceu...

Pegamos o asfalto, depois a terra. Tensão total de todos... será que alguém cai hoje? Não, ninguém cai hoje. Deu tudo certo, inclusive pro Vagner, o bravo.

Paramos para um café no Bar do Carlos, ganhamos canecas legais, tiramos fotos. Paramos novamente em Leliveldia.

Daí seguimos para a Usina de Irapé, que eu já tinha como perdida a visita, acabou acontecendo. Faltou bem pouco pra podermos conseguir uma visita monitorada, mas deixamos de lado. Belíssima paisagem.

Voltamos de novo pra estrada principal e enfrentamos o resto da estrada de terra. Comemoramos com fotos antes do asfalto.

E, foi aí que comecei a praticar o desapego, mesmo que só soubesse bem mais tarde: deixei minha máquina digital Sony, companheira de 7 anos e muitas viagens. A melhor máquina que já tive, as melhores fotos que já tirei. Sentirei muitas saudades dela.

Só vim a descobrir a perda quando chegamos ao Posto Seabra, antes de descer da moto, pensei em fotografar e procurei por todo lado e nada da máquina. Conversando com o Loló, chegamos a conclusão que eu a esqueci em cima duma cerca onde fiz uma foto temporizada de todos nós. De novo, paciência. Fui cuidar do meu corpo, apesar de chateado pela perda.

Abastecemos e fomos em direção à Couto de Magalhães de Minas e no fim da cidade, eu decidi calibrar meus pneus, pois havia baixado a pressão para andar na terra. Só que esqueci de sinalizar para os outros, que não me viram e aceleraram até Diamantina. Quando cheguei a Diamantina, tive que ligar e aguardar a chegada deles. Antes disso, fotografei o Jequitinhonha pela última vez antes da nascente.

Entramos na cidade e fomos procurar um hotel. Houve um ligeiro estresse para estacionar as motos em um local deveras perigoso, mas único que permitia o estacionamento. Acabamos ficando em outro hotel mais afastado de onde estávamos, do mesmo dono, mas com garagem. Ficou barato além de ter internet e mais conforto que o de ontem em Araçuaí.

Saímos para comemorar o aniversário do Aloísio e ficamos até umas 22h na rua. Comemos, rimos, fizemos um saldo positivo da viagem e nos divertimos nesta segunda feira em plena Diamantina. Comemoramos o fato de não ter acontecido incidentes mais graves que uma queda na areia do Galvão, ele e Vagner se perderem e quase pararem em Salvador e eu ter perdido minha câmera digital.

Aplaudimos a coragem do Vagner e sua Fazer e a Eloína por sua coragem e companheirismo.

Fazia frio, mas até que estava suportável. Ainda assim, eu e Vagner fomos com as jaquetas. O Vagner ainda engraxou as botas com um doidinho que apareceu na praça.

Apesar do sinal de wireless do hotel não ser muito bom, vai dar para fazer o upload desse post.

Amanhã: nascente do Jequitinhonha, segundo motivo desta viagem.































domingo, 11 de maio de 2014

Dia 10 - Almenara a Araçuaí

Noite bem dormida, café tomado, bagagem arrumada, hotel pago: hora de partir. Pra quem não queria pegar terra depois do dia anterior, começamos bem. Fomos direcionados para um caminho de terra para sair de Almenara. Normal pegar caminhos diferentes ou errados em qualquer viagem. Diversão pura.
A estrada entre Almenara e Jequitinhonha é asfaltada, mas tem buracos em alguns pontos. Nada grave, mas incomoda um pouco. Notável é verificar que, em alguns pontos, é um verdadeiro deserto.

Entramos em Jequitinhonha, que tem 203 anos de história. Tiramos algumas fotos, pegamos informação de que o caminho mais curto para Pedra Azul era de terra e decidimos seguir para Itaobim. Sempre com o Jequitinhonha à nossa direita.

Abastecemos em Itaobim e rumamos para Pedra Azul, onde almoçamos numa churrascaria que, o Aloísio viu de relance e eu senti o cheiro. Rodamos um pouco pela cidade até chegar nas churrascarias, já que eram 3 ou 4. Deu uma leve polêmica pois o local era: cheio, self e o churrasco você tem que aguardar chegar nas bandejas e não nas mesas. Mas era barato e no final deu certo. O café era ruim: fraco e muito doce.

Arrancamos as motos e paramos em Medina na esperança de comprar um queijo de Medina, mas era domingo, dia das mâes e não tinha nada aberto. Me arrependi de não ter parado na beira da estrada para comprar um. Paciência, fica pra história e pra outro vez. Peço a conhecidos que são daqui e podem me trazer um.

Chegamos de volta a Itaobim, novo abastecimento e, na saída para Araçuaí paramos para um café e obtemos notícias dos Desgarrados do Asfalto: Galvão e Vagner.

Ambos aceleraram tanto que quase pararam em Salvador. Acabaram numa cidadezinha chamada Itapetinga e hoje partiram de lá para Almenara e acabaram pegando terra. O Vagner que era nossa preocupação na terra, por ter formação nas trilhas, mandou bem demais e passou pouco aperto. No final das contas, chegaram antes de nós em Araçuaí uns 40 minutos. Ficaram proseando no bar do Sr. Lidirico, o comerciante mais famoso de Araçuaí.

Aceleramos com vontade, passando por Pasmado e por uma feira de artesanato na beira da estrada. Pena não ter espaço para trazer mais coisas. Chegando em Itinga, entramos para tirar algumas fotos e chegamos a Araçuaí por volta de 17h. Encontramos os desgarrados já estabelecidos num hotel bem simplezinho. Suficientemente bom pra passar a noite: R$ 30,00.

Saímos para comer numa churrascaria por perto e contando os casos das viagens realizadas entre ontem e hoje.

Voltando ao hotel, digitei esse post, mas só amanhã ou depois ele vai ao ar, visto que não tenho nem tv no quarto, quanto mais internet no hotel.

Amanhã, Diamantina.




Ponte sobre o Rio Jequitinhonha, em Almenara










Em Jequitinhonha, se prestar atenção, verá uma coruja na quina da murada











Ponte sobre o Jequitinhonha, BR 116, Itaobim. Estive aqui nos anos 80









Pedra Azul

A churrascaria da discórdia... bem atrás dos motociclistas


Casarões em Pedra Azul










De volta a Itaobim

Para amanhã, Diamantina. Antes, chegar em Araçuaí

Ponte sobre o Jequitinhonha, em Itinga





Os Desgarrados do Asfalto, Vagner e Galvão!


Toda a turma desta viagem, em confraternização