De BH à Foz e à Nascente do Rio Jequitinhonha: 05/02/14

A hora marcada pra sair quase nunca é cumprida a risca (pelo menos por mim), mas dessa vez foi bem diferente!

Acordei 03:30 e às 04:35 eu estava saindo de casa. Falei que o horário combinado era 04:30 ou esqueci? Enfim, não fui o único atrasado, o Galvão chegou depois de mim.

Falando nisso, aqui vai a apresentação do grupo:
Marcio "Chuchu", esse que escreve e publica o blog, de XT 660R
Aloísio "Loló", junto com Elóina, com uma F800 GS.
Alexandre "Galvão", também com uma F800 GS.
Vagner "Burro Branco", com uma Fazer 600.

Partimos pontualmente às 05:00 e fizemos uma parada antes de Itabirito para abastecer minha moto. Nesse instante fazia por volta de 6° C e o Vagner estava tendo dificuldades com a luva, fazendo uma operação nelas com o canivete suíço do Galvão, cortou o forro para aí sim continuarmos.

Saindo pela BR 040, entramos na 356, passamos por Itabirito, Ouro Preto (onde o sol apareceu pela primeira vez no dia), Mariana, Furquim (onde paramos para um café revigorante), Ponte Nova, Rio Casca, Abre Campo, Realeza.

Após o primeiro abastecimento, viramos à esquerda e pegamos a BR 116, vieram Caratinga, Inhapim, Dom Cavati, Governador Valadares. Dobramos à direita e entramos na BR 381. Passamos por São Vitor, Divino das Laranjeiras e alcançamos Mantena. Finalmente chegamos na divisa MG/ES.

Daí pra frente, sempre às esquerdas (como se diz no Paraná) rumamos por Barra do São Francisco, Nova Venécia e uma infinidades de pequenas cidadezinhas até chegar a São Mateus, aonde chegamos por volta de 20:30h. O primeiro hotel que vimos, foi onde ficamos: Hotel Boroto. Quartos limpos e simples por R$ 40,00 com TV e ventilador de teto. Maravilha!

Tem uma pizzaria ao lado do hotel que vende pizza pré-assada. Pedimos duas assadas feitas pelo dono e nos esbaldamos, comemorando uma viagem perfeita. Cumprimentei meus companheiros, parabenizando-os por serem valentes e fiéis.

Foi a primeira viagem longa que fiz com alta quilometragem: aproximadamente 768 KM. Cansados? Sim, muito. Felizes? Demais da conta. Principalmente por não termos tido incidentes maiores que um carro entrar na contramão e vir pra cima de mim. Juro que não tinha visto ele, mas me safei dessa. Alguns imprudentes (menos mal, poderiam ter sido muitos).

Passamos por lindas paisagens pelo caminho escolhido, evitando a BR 381 entre BH e Valadares, de Itabirito até Rio Casca. Se tiver oportunidade, faça essa viagem nesse horário: de 05:00 em diante. De maio em diante vai ver um mar de nuvens abaixo das montanhas perto de Itabirito (pena que não pude tirar uma foto), curvas deliciosas, estrada em razoáveis condições. E assim vai até chegar a Rio Casca.

Tivemos trechos excelentes, bons, razoáveis e ruins. No final deu tudo certo e isso importa muito. Alguns contratempos por falta de sinalização, normal em termos de BRASIL, mas isso deveria mudar.

Detalhes do GPS Bússola do Loló

Para iniciar a identificação nada melhor que começarmos com o nome que foi resultado de um batismo depois de conhecermos melhor suas características.

O GPS Bússola do Loló, com sua precisão na indicação dos principais pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste é incontestável, porem se na rota em que estivermos trafegando aparecer um trevo ou mesmo uma bifurcação ele fica mudo, cego e surdo e não expressa nenhuma reação. Pegamos qualquer via que acreditamos ser correta e quando distanciamos da rota correta ele fielmente nos diz que estamos errados e que devemos retornar.

Depois de várias experiências com o GPS do Loló tornamos pessoas mais sociáveis na estrada sempre parando próximos a pessoas na beira da estrada, cumprimentando-os e lógico na sequencia pedimos a informação complementar que o nosso GPS se recusa a informar.

Pareceu-nos que o GPS dele só indicava o caminho, no Paraguai, onde foi comprado. Ou que a língua em que estava configurado era o Guarani.

Em defesa do Loló, devo dizer que seu GPS está com o mapa desatualizado!

Amanhã: Dunas de Itaúnas.