segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dia 11 - Araçuaí a Diamantina

Levantamos cedinho, mais que o costume. Noite mal dormida para quase todos: os pernilongos nos atacaram com força. Eu mesmo fui despertado às 04:30 com a fúria deles em meu braço, mesmo estando coberto com um lençol. Claro que o ar condicionado não funcionava a contento e o ventilador parecia uma enceradeira.

Pelo menos o café compensou. Antes disso eu já tinha tudo pronto: bagagem e roupa de pilotagem. Foi o mais rápido que consegui até agora. 

Estando todos prontos, pegamos informações sobre qual a estrada pegar. Haveria mais um pedido de informação adiante. 

Abastecidas as motos, Vagner decidiu trocar o óleo da Fazer numa revenda Yamaha que eu havia indicado. Por sorte apareceu no posto um funcionário da revenda que nos guiou até a loja.

Encontramos com um cara que nos deu todas as coordenadas do caminho e nos fez desistir da primeira indicação de passar por Francisco Badaró. No final das contas, viemos pelo mesmo caminho que eu havia planejado desde o começo. Exceto pela visita à Minas Novas, que não aconteceu...

Pegamos o asfalto, depois a terra. Tensão total de todos... será que alguém cai hoje? Não, ninguém cai hoje. Deu tudo certo, inclusive pro Vagner, o bravo.

Paramos para um café no Bar do Carlos, ganhamos canecas legais, tiramos fotos. Paramos novamente em Leliveldia.

Daí seguimos para a Usina de Irapé, que eu já tinha como perdida a visita, acabou acontecendo. Faltou bem pouco pra podermos conseguir uma visita monitorada, mas deixamos de lado. Belíssima paisagem.

Voltamos de novo pra estrada principal e enfrentamos o resto da estrada de terra. Comemoramos com fotos antes do asfalto.

E, foi aí que comecei a praticar o desapego, mesmo que só soubesse bem mais tarde: deixei minha máquina digital Sony, companheira de 7 anos e muitas viagens. A melhor máquina que já tive, as melhores fotos que já tirei. Sentirei muitas saudades dela.

Só vim a descobrir a perda quando chegamos ao Posto Seabra, antes de descer da moto, pensei em fotografar e procurei por todo lado e nada da máquina. Conversando com o Loló, chegamos a conclusão que eu a esqueci em cima duma cerca onde fiz uma foto temporizada de todos nós. De novo, paciência. Fui cuidar do meu corpo, apesar de chateado pela perda.

Abastecemos e fomos em direção à Couto de Magalhães de Minas e no fim da cidade, eu decidi calibrar meus pneus, pois havia baixado a pressão para andar na terra. Só que esqueci de sinalizar para os outros, que não me viram e aceleraram até Diamantina. Quando cheguei a Diamantina, tive que ligar e aguardar a chegada deles. Antes disso, fotografei o Jequitinhonha pela última vez antes da nascente.

Entramos na cidade e fomos procurar um hotel. Houve um ligeiro estresse para estacionar as motos em um local deveras perigoso, mas único que permitia o estacionamento. Acabamos ficando em outro hotel mais afastado de onde estávamos, do mesmo dono, mas com garagem. Ficou barato além de ter internet e mais conforto que o de ontem em Araçuaí.

Saímos para comemorar o aniversário do Aloísio e ficamos até umas 22h na rua. Comemos, rimos, fizemos um saldo positivo da viagem e nos divertimos nesta segunda feira em plena Diamantina. Comemoramos o fato de não ter acontecido incidentes mais graves que uma queda na areia do Galvão, ele e Vagner se perderem e quase pararem em Salvador e eu ter perdido minha câmera digital.

Aplaudimos a coragem do Vagner e sua Fazer e a Eloína por sua coragem e companheirismo.

Fazia frio, mas até que estava suportável. Ainda assim, eu e Vagner fomos com as jaquetas. O Vagner ainda engraxou as botas com um doidinho que apareceu na praça.

Apesar do sinal de wireless do hotel não ser muito bom, vai dar para fazer o upload desse post.

Amanhã: nascente do Jequitinhonha, segundo motivo desta viagem.